A felicidade e o bem-estar do ser humano tem sido alvo de vários estudos, e pesquisas recentes mostram que, assim como os vírus e as bactérias, a saúde também é transmissível
— só que através dos laços afetivos criados entre nós, por isso podemos dizer que a felicidade é contagiosa!
Podemos ver isso na seguinte situação, quem se aproxima de pessoas que praticam exercício físico, por exemplo, tendem a afastar o sedentarismo sem sofrimento. Aqueles que presenciem a decisão de um amigo em parar de fumar têm maiores probabilidades de o fazer também. Do mesmo modo que quem convive com pessoas alegres acaba por se tornar mais satisfeito com a vida.
Segundo um estudo da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, se um grande amigo seu ficar contente, a probabilidade de começar a rir sem motivo, apenas por conviver com ele é de 60%.
Mas como explicar este fenómeno? Porque o humor e os hábitos “alheios” se tornam contagiosos?
Os cientistas explicam que “Os animais sociais, como é o caso do homem, nascem com a capacidade de imitar seus pares mesmo sem terem consciência disso. É o efeito camaleão”, de acordo com a neurocientista Eliane Volchan. “Fazendo isso, o indivíduo consegue incluir-se no grupo e obter a necessária proteção para sua sobrevivência.”
Seria portanto, como uma mímica involuntária ou instintiva, mas os estudos de Harvard vão mais além. Os pesquisadores apontam que a proximidade geográfica é essencial para a disseminação da felicidade. Uma pessoa tem 42% mais probabilidade de ser feliz se um amigo que viva a menos de 800 metros de distância se torna feliz. Se um amigo viver a uma distância de cerca de 1,6 km probabilidade de a pessoa se tornar feliz passa para 25%. Efeitos similares foram observados entre casais que moram na mesma casa, irmãos que vivam a cerca de 1 km de distância e vizinhos. Não são apenas os laços sociais mais imediatos que têm impacto nestes níveis de felicidade. O sentimento consegue atingir até três graus de separação (amigos de amigos de amigos).
As pessoas que estão rodeadas por outras felizes, principalmente quando são elementos centrais nas redes de relações, têm mais tendência a serem felizes no futuro. As pesquisas apontam que esses grupos de felicidade resultam da propagação desse sentimento, e não apenas do resultado de uma tendência dos indivíduos se associarem a pessoas com características idênticas.
No que diz respeito à saúde, o New York Times publicou um estudo reforçando o papel das amizades na conquista da saúde. O apoio emocional de um amigo é capaz de prolongar a vida, renovar a memória, proteger o coração e até evitar a obesidade. A neurocientista Eliane Volchan acrescenta: “Temos evidências de que a amizade acelera o tempo de cicatrização de uma lesão e também ajuda a reduzir o stresse”.
Por tudo isto aconselhamo-lo a rodear-se de pessoas felizes e que o façam sentir bem, e retribua, sempre.