[:pt]A perturbação de ansiedade social, como o próprio nome indica, pode surgir quando persistem elevados níveis de medo ou ansiedade relativamente a situações sociais, em que a pessoa sente que está exposta à observação e avaliação dos outros. É comum acontecer em situações em que é necessário estar ou conversar com pessoas desconhecidas, como por exemplo ser observado a comer, a beber, a escrever ou noutras atividades, ir a festas ou encontros, situações formais de avaliação e de desempenho perante público.
Frequentemente a pessoa sente ansiedade antecipatória e evita as situações sociais, devido a uma hipersensibilidade ao escrutínio dos outros. O indivíduo pode entender que os sinais de ansiedade como, por exemplo, corar, tremer e suar são percecionados por outras pessoas.
Para combater os níveis de ansiedade, frequentemente as pessoas com perturbação de ansiedade social fazem ensaios mentais das suas interações; sendo este um comportamento de segurança paradoxal. As suas ideias estão muitas vezes centradas nos fracassos e na sua falta de competência para causar impressões positivas. É frequente surgirem pensamentos como “Se me engano, pensarão que sou estúpido”, “Devia ter sempre algo de interessante para dizer”, “Não sou suficientemente inteligente”.
Aspetos mais frequentes visados pela intervenção psicológica:
- Informar acerca do processo da ansiedade social que opera como um círculo vicioso
- Perceber a relação entre pensamentos, emoções e comportamentos
- Identificar e questionar a validade de crenças erróneas acerca de si próprio, da sua autoimagem e do mundo percebido como ameaçador
- Modificar o auto esquema das suposições enviesadas
- Procurar evidências a favor e contra as avaliações e interpretações de situações causadoras de ansiedade social
- Eliminar comportamentos de segurança
- Trabalhar estratégias para a mudança do foco de atenção
Artigo de Dr. José Santos – Psicólogo Clínico e Hipnólogo
[:]